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sexta-feira, 12 de março de 2010

Mensagem da Natureza.



Não podemos ter paz, não podemos ter sustentabilidade – se não tivermos PAZ INTERIOR E SERENIDADE para isso. Por quê? Não observamos mais a cor do céu em uma tarde de Outono; o nascer do sol durante o verão, as gotas de orvalho nas folhas - pequenos prismas refletindo o sol! Não caminhamos mais descalços na terra para absorvermos a energia sutil da natureza que nos é dada de graça... Garoa no rosto! O cantar dos pássaros urbanos, por que não? Eles ainda existem, ou melhor, ainda RESITEM... Esquecemos-nos de observar e principalmente de “sentir” os detalhes que estão e, estarão sempre acontecendo ao nosso redor. Não temos mais “tempo” para isso... Perdemos o contacto com o sutil, com a natureza... Perdemos-nos dela e por conta disso – perdemos o contato com nós mesmos! Estamos cada vez mais sós, mais isolados... Sem brilho, sem energia e, sem “luz”. Perdemos o contato com nossos ancestrais, com nossa ancestralidade, com nossa essência e com a nossa origem. Perdemos-nos da vida... Para vida e, para O VIVER. Sem futuro! Sem “um futuro” nos escondemos com Internet, MSN, telefone celular, e-mails, etc., etc. O excesso de informação – desinforma! Perdemos o contato humano... Perdemos o gosto do abraço. O olhar nos olhos, o toque, o cheiro. Não mais agradecemos... Não mais pedimos perdão. Não mais conquistamos! Sem agradecimentos, sem conquistas, sem pedidos de perdão, sem objetivos, o VAZIO. FRUSTAÇÃO & FUGAS.
Brincamos de gente grande, mas somos crianças presas em um cercadinho, encolhidas, escondidas e no fundo, com muito medo! Vivemos em nome da evolução e do crescimento (?) e, em nome de um materialismo absoluto, onde o que importa é: O QUE EU TENHO O QUE VOCÊ TEM, E, O QUE EU GANHO COM ISSO! Em nome do futuro, perdemos nossa localização “pessoal” tanto no tempo, como no espaço. Somos como, pequenos pacotes de água e energia eletrônica – travestida de seres inteligentes... Acabando e destruindo o planeta, degradando a camada de ozônio, aumentando o efeito estufa com queimadas e desmatamentos, poluição de todos os tipos (imagináveis ou não) – tudo em nome do progresso, da evolução! EM NOME DA EVOLUÇÃO! Até que ponto tudo isso é verdadeiro? Se é que existe ALGUMA VERDADE em tudo isso, ou se existe VERDADE ABSOLUTA! Será que da maneira que estamos conduzindo tudo isso, manteremos nossa “semente cósmica” viva? E, se sim - por quantas mais gerações? Teremos um endereço – no futuro – para entregarmos nossa semente? Quem sabe: um LAR! Ou “lar”, é só um aspecto momentâneo, emocional e passageiro? Ou seremos encomendas celestiais, mas sem um endereço de entrega definido? Continuamos com nossa jornada de destruição pelo planeta.
Vivemos o hoje, o agora. Não pensamos sequer no amanhã! Não precisamos ir muito longe! Pode ser no próximo ano, ou no seguinte! Não estamos pensando de uma maneira natural e grandiosa, verdadeira... Se, estivermos realmente pensando - estamos pensando de uma maneira mínima, egoísta e individualista. Não estamos pensando em nossos filhos, nos nossos netos - da mesma maneira que nossos ancestrais pensavam em nós. Não herdamos deles, um mundo sem LUZ, sem água, sem mata, sem vida. Perdemos a referência da ordem natural das coisas da natureza. Ainda que alguns poucos de nós busquemos LUZ - a maioria ainda esta envolvida pela escuridão... Está na hora de parar. Está na hora de refletir, e, principalmente está na hora de Recomeçar.

Autor: Tarso Mugnai Marraccini

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