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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vamos diminuir o lixo nas ruas?


Recentemente foi realizada a COP-15, cúpula sobre clima realizada em Copenhague. A pressão mundial foi muito grande. Principalmente sobre os Estados Unidos. Houve frustração e indignação de muitos: "Como esses caras não têm consciência de que o futuro do planeta está em jogo".
Agora, vamos pensar em algo que está ao nosso alcance e não depende de uma reunião de líderes: um dos amiores problemas das grandes cidades é o que fazer com o lixo. Mas, muitas vezes, esquecemos de um ponto tão importante quanto este: o quanto nós sujamos as cidades. O tanto de lixo que é jogado nas ruas, parques e praças é simplesmente absurdo. Caberia uma pergunta para todos: nós jogamos papéis, restos de comida, cinzas e "tocos" de cigarro no chão de nossas casas? Claro que não deixa de ser nossa casa - nós jogamos.
Talvez seja porque quem faz issonão pensa sobre o próprio ato. Talvez seja porque tem alguém que vai limpar. Talvez seja para dar trabalho aos garis e "carroceiros". Seja qual for a razão, é, claro, injusticável.
Todo lixo jogado na rua ajuda a criar ratos, baratas, a entupir esgotos (que vão resultar em enchentes, que transmitem outras doenças e trazem transtornos e tragédias), a deixar a cidade mais feia. É muito comum ver gente jogando lixo na rua. Raro guardando-o para levar à própria lixeira. Inacreditável recolhendo e jogando no cesto de lixo.
O princípio de tudo é a educação e o exemplo. Se as crianças virem os adultos jogando lixo na rua, elas jogarão. É inacreditável o número de "bitucas", "tocos", filtros de cigarro, os chamados restos do cigarro, jogado nas ruas, calçadas e praças. É "normal". "Natural". Por quê?
Eis um problema cuja solução depende de nós, não do governo: manter a cidade mais limpa. Gastar menos com a varrição de ruas. Evitar enchentes. Evitar desgraças. Pequenas atitudes que, coletivamente, dão grandes resultados. Nós somos capazes. E podemos começar hoje, jogando o lixo no "lixo"; estimulando as crianças a jogar papéis e sobras de alimentos no cesto de lixo, reciclando. Não jogando tocos de cigarro no chão. "Batendo" a cinza no cinzeiro. Recolhendo o lixo das praças e jogando na cesta mais próxima. A solução está em nossas mãos. E podemos começar agora.
(Celio José Cercal, economista)
FONTE: Jornal Zero Hora, 24/04/2010, p. 16.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Conferência climática alternativa na Bolívia.

Mais de 15 mil pessoas - entre indígenas, cientistas, personalidades do cinema e presidentes de cinco países - de 129 países, participam, na Bolívia, de uma cúpula mundial sobre o clima, com propostas para a criação de um tribunal de justiça ambiental e um referendo para exigir medidas a favor da ecologia. O fórum se celebra tendo como pano de fundo as dificuldades nas negociações sobre o clima após o fiasco da Cúpula Climática da ONU (COP15), realizada em dezembro passado, em Copenhague, e com a perspectiva da próxima edição do encontro climático das Nações Unidas (COP16), prevista para o fim deste ano, no México. A conferência se encerra amanhã, com a aprovação pública de todas as conclusões e uma festa folclórica no estádio de Cochabamba, com capacidade para 35 mil pessoas.


(FONTE: Jornal Zero Hora, 21/04/2010, p. 28)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Projeto vai mapear florestas gaúchas.


Um censo da produção de florestas plantadas no Rio Grande do Sul vai marcar a primeira etapa do Programa Florestal - RS, anunciado no início da n oite de ontem pelos secretários da Agricultura, Gilmar Tietböhl, e do Meio Ambiente, Giancarlo Tusi Pinto, na abertura da 2ª Feira dea Floresta.
O Estado vai aplicar R$ 1,9 milhão na primeira fase do projeto, que até o final do ano deve concluir o levantamento que pretende identificar o tamanho da área plantada com florestas no Estado, além das variedades produzidas e o perfil dos produtores. Pelo menos 40 técnicos da Emater devem atuar no estudo, segundo a presidente do órgão, Águeda Mezomo.
Com os dados do censo, a Emater pretende iniciar um mutirão de incentivo à produção de variedades florestais como eucalipto, pinus, acácia e erva-mate. O objetivo é incentivar o plantio de florestas dividindo espaço com outras atividades, como a pecuária.
Os produtores interessados no plantio ainda devem contar com assistência técnica de outras entidades que participam do programa, como a Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor) e o Sindicato Intermunicipal das Indústrias Madeireiras do Estado. Roque Justen, presidente da Ageflor, assegura que, com o mapeamento e o incentivo, será possível planejar a implantação de indústrias.
(FONTE: Jornal Zero Hora, 15/04/2010, p. 20)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Reflexão Ambiental.




Chuva forte,
Ventos galopantes.
Reavalio a vida
e suas fontes.

Chuva forte,
amedrontadora,
também é "norte",
reparadora.

Chuva que lava:
purificação
Vento que leva:
temor e reflexão.

Reprensar o clima
e a vegetação.
Saber que o acima
tem a ver com o chão.

Interligados,
homem/natureza,
conectados
em nova certeza.

Repensar a produção
e a convivência:
exige ação
com evidência.

Ouvir com a alma
a natureza.
Repensar com calma
e com presteza.

Repensar a vida,
com convicção
e simplicidade
de coração.

(De Selito Durigon Rubin, Uruguaiana/RS,
publicado em Letras Santiaguenses, Santiago/RS, ano 14- nº 85, janeiro/fevereiro 2010, p. 04).